sábado, fevereiro 18, 2006

Nunca

Nunca
Ou sempre,
Agora.

E com essas palavras de bêbado sigo adiante,
Escrevendo até doer,
E quando a dor chegar, me viro, me deito,
Durmo profundo,
Sonhando com palavras,
Meu delírio abstrato.

Encerrado em palavras,
Enquanto lá fora existe uma vida,
Enquanto lá fora o sol brilha,
O mato é verde,
O ar é fresco.

Encerrado em delírios,
Enquanto amanhã já passou e foi ontem,
E a saudade que sinto é de um dia que sentia saudade de algo que não conheci,
A saudade que tenho é a saudade de hoje,
O dia que nem acabou mas já faz me lembrar
Que o tempo era bom.

Encerrado em dilúvios
Observo do altar
A cidade em chamas
O avanço do mar.

Um comentário:

Carolina disse...

Não gosto. Odeio. Muitas figuras. Ponto.