sexta-feira, agosto 28, 2009

Torrando o pão

Há quase um ano ganhei uma torradeira. Bom, na verdade não ganhei, ela estava quebrada, não ejetava mais os pães, e iam jogar fora (o que deveriam ter feito), mas como eu não possuia uma torradeira pedi para ficar, era só ejetar o pão manualmente manualmente.
Pois eis que hoje de manhã coloquei um pão e fui tomar banho. Ao sair do banheiro vi em meu apartamento, mais precisamente no teto dele, uma nuvem de fumaça branca espessa e muito, mas muito forte. Desliguei a torradeira que tinha um pão em brasas, quase passei mal, joguei na pia, dentro de uma vasilha suja que estava com água e lá ele permanece até agora.
O apartamento todo, as minhas roupas, toalhas, cabelos, sofás, tudo aqui agora está exalando cheiro de pão queimado.
Fato é que há um mês, mais ou menos, durante a madrugada eu estava trabalhando aqui no computador e coloquei dois pães para torrar. Voltei para cá e esqueci de tudo, só me lembrei quando a nuvem espessa de fumaça que fica no teto começou a descer e a me sufocar. Quando interrompi a torradeira já era tarde. Tive que abrir todas as janelas e sair de casa rápido, para não passar mal. O único problema é que era madrugada, dia de semana e não tinha para onde ir. Fui parar num posto de gasolina, numa loja de conveniência, onde comi um salgado horrível e tomei algo. Situação muito deprimente. Exilado de casa por conta de um pão torrado.

O efeito visual é bastante interessante, mais interessante que máquina de fumaça, pois parece um gelo seco, com a diferença de que a fumaça fica no teto, e não no chão. Porém, logo em seguida a fumaça se dissipa e sufoca, diferente da fumaça da máquina e do gelo seco. O ambiente fica insuportável, e o cheiro horrível. Se não fosse insuportável poderia ser usado em alguma filmagem.
Hoje até pensei em jogar fora a torradeira, mas não. Como eu não tenho outra torradeira vou ficar com essa.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Câmera C

Tive um sonho muito estranho esta noite. Estava em uma cidade próxima a São Paulo e ia participar de um filme como ator. Seria o protagonista.
Não conhecia ninguém da equipe, os outros atores, havia sido chamado por terem visto algum material onde estou atuando na internet e pensaram que eu me encaixava no papel.

Chegando lá me deparei com pessoas jovens e com pouca experiência, exceto o diretor, que era um pouco mais velho e tinha uma bagagem grande, e insistia em filmar com a cãmera C. Mas o que viria a ser esta câmera era o mais intrigante. Era um trambolho que devia pesar uns 80 kilos, feita numa espécie de caixona de madeira azul, que, para ser operada necessitava de, pelo menos, duas pessoas, uma delas carregando a câmera, que ficava apoiada na cabeça e nos braços, e outra pessoa fazendo os enquadramentos e olhando como a imagem estava ficando, ou como ficaria, pois o sistema era todo um mistério.

Enfim, despertei antes do filme ficar pronto. Não sei se a câmera C era realmente uma boa câmera, ou apenas um trambolho. Mas pelo que o diretor dizia ela tinha uma imagem inigualável, com cores totalmente diferentes, texturas e uma definição própria. Fiquei curioso.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Acho que é isso...

Já faz bastante tempo que não escrevo algo no blog, que não me preocupo com ele, nem com nenhum dos meus outros blogs. Todos abandonados.
Não sei quando foi, exatamente, que fui perdendo esse pique de escrever sempre sobre algo aqui, e não direcionar minha escrita apenas para outras coisas, mais profissionais e menos lúdicas. Já faz um tempo que não escrevo apenas pelo prazer de escrever, de trabalhar alguma idéia sem nenhum compromisso.
Já deve fazer uns bons meses que não faço isso com gosto.
Devo estar com a crise dos 30 anos, afinal eu já, praticamente, tenho 30 anos. Apenas mais uns 2 meses e meio e pronto. E por alguma razão isso afetou a minha cabeça.

Eu também já não me sinto tão à vontade para escrever aqui neste espaço, ainda que seja sem nenhuma pretensão. Ou qualquer bobagem que me calhe na hora. Qualquer reflexão que eu possa ter tido em algum desses dias estranhos que venho vivendo.

Enfim, fiquei com vontade de escrever algumas coisas.