domingo, dezembro 30, 2012

Fim do mundo

Então o mundo não acabou, mas essa semana tivemos o dia mais quente da história do Rio de Janeiro. Finalmente chegou o fim de 2012, hoje é o penúltimo dia desse ano tão fatídico para mim, em todos os sentidos. Foi um ano em que terminei e estreiei meu primeiro filme importante, foi o meu primeiro ano solteiro depois de muitos anos, e enfim o ano termina com uma pessoa muito especial ao meu lado. Parece que as coisas se encaixam, enfim. Estou no Rio, passando meu segundo reveillon nesta cidade, mas desta vez num contexto completamente diferente, distante do centro da cidade, num lugar tranquilo. MInha vida estava numa velocidade completamente alucinante até 1 mês, mais ou menos, quando puxei o freio. Tive todas as festas possíveis durante o ano e agora tudo o que eu quero é um pouco de tranquilidade e crescimento. Era tudo o que eu precisava, enfim. O mundo não acabou e, aparentemente, não vai acabar tão cedo.

segunda-feira, outubro 08, 2012

Outubro

Que jeito maluco de começar o mês. Maluco.

Washington D.C.

Tomando uma cerveja e trabalhando no lobby do hotel, definitivamente não eram esses os meus planos, estaria agora de bicicleta rodando pela cidade, conhecendo os cantos e à noite os bares de jazz. Bom, essa segunda parte dos planos está de pé, só preciso terminar a edição aqui. Correria até no que seriam as minhas férias. Maldito editor que me abandonou justo nesse momento. Crápula.

quarta-feira, outubro 03, 2012

Mais um dia

Preso neste pequeno quarto, sentindo dores e suores. As sirenes estão alucinantes nas ruas desta cidade que ainda não conheço. Parece que algo bem grave está acontecendo... Mil bombas explodindo em São Paulo, e no Rio todos falam do meu filme, os principais meios de comunicação estão falando dele.

terça-feira, outubro 02, 2012

14:40

Eu acordo no meio da tarde sem saber onde eu estou. É um quarto nem muito grande nem muito pequeno, três camas, uma delas dobrada à minha frente, algumas malas com adesivos dos aeroportos em suas alças. Minha cama está encharcada em meu suor, por um instante eu acho que estou com o cabelo comprido, mas logo me lembro que meu cabelo está curto. Mordo a língua. Sai sangue. Minha garganta dói. Me levanto perturbado, onde estou? Estava em Londres, mas isso foi na semana passada. Pela janela entra uma sirene de polícia incessante e ao fundo, meu computador está ligado numa mesinha com um abajur aceso, eu deveria estar trabalhando, mas não rendi nada hoje. O vídeo de Amsterdam está aberto a minha frente, nada feito ainda, só imagens separadas, tomadas soltas, prédios e canais. Não sei ainda onde estou, minha febre continua igual antes, minha garganta dói e a sirene de polícia vai e vem. Minha cabeça está dolorida, me sinto tonto e desequilibrado, tomo mais uma dose de xarope, um pouco de água. Olho pela janela e no quarteirão oblíquo está o Empire State Building. Estou em Manhatan. Preciso trabalhar rápido. Minha garganta dói, estou encharcado de meu próprio suor e meu cabelo não está comprido. Hoje estreia meu primeiro filme no Festival do Rio de Janeiro. A essa hora todos se preparam para a sessão. Me lembro de tudo agora.

segunda-feira, setembro 17, 2012

Os canais da cidade

Estou em Amsterdam, sentado no hotel, trabalhando em frente à janela do meu quarto, que tem a vista para um canal onde passam barquinhos e onde as pessoas sentam e ficam olhando a vista. São curiosos os caminhos que me fizeram parar aqui, onde passei três noites e de onde estou indo embora em algumas horas. Vou passar a noite em Londres. "
Vendo esses canais, as pessoas de bicicleta e tantas árvores e parque na cidade eu me questiono porque ainda vivo em São Paulo. Só uma coisa pode explicar, que são as pessoas que vivem na minha cidade. E como disse Guto, que está comigo neste trabalho, "eu não quero mudar de cidade, quero mudar a cidade que eu vivo.

terça-feira, agosto 28, 2012

Diário

Ok, isso aqui virou um diário. Não que a postagem será diária, mas é fútil como um diário, onde registro mal e porcamente o que está acontecendo aqui desse lado da tela.

No olho do furacão.

Fazia um certo tempo que eu não me sentia assim. De uma hora pra outra tudo mudou, amanhã começo a dirigir meu primeiro reality show, na próxima semana começo a armar minha filmagem na Europa, depois tem meu longa que estréia e termino o mês de setembro indo pra Nova York. To sentindo até vertigem!

terça-feira, agosto 14, 2012

Rosebud!!

Hoje despertei bem, muito bem. Uma sensação de que tanta coisa boa está acontecendo e com perspectivas incríveis pela frente. Dormi pouco, acordei muito durante a noite, mas acordei bem, muito bem. Matando um leão por dia, mas vencendo a batalha, apesar de toda a loucura. Parece que eu dependo bastante da sorte, além da batalha, mas eu sempre fui um cara muito sortudo, todas as coisas que caem nas minhas mãos costumam dar certo, e costumam aparecer coisas incríveis, sem explicação.

quarta-feira, julho 04, 2012

Turno da noite, turno do dia.

Acabando o turno da noite, começando o do dia. Esses dias em que eu atravesso os dois são os mais difíceis. Rendeu bastante, mas fiquei bem cansado, e sei que ainda tenho o dia todo pela frente, hoje sozinho aqui. Mas ok, pelo menos estou fazendo coisas legais e gostosas de se fazer. E tá ficando bom, o que faz muita diferença.

quarta-feira, junho 06, 2012

Chuva em SP

Ainda bem que eu não ando de carro mais nessa cidade gigantesca. A coisa está feia, ainda mais com essa chuva incessante em véspera de feriado, receita para a perda de tempo. Dia melancólico, cansativo, cheio de reuniões e muito trabalho. Mas é melhor que pouco trabalho e incerteza. Cansado, mas de fazer algo concreto.

sexta-feira, março 30, 2012

Hoje

Te ligaria hoje, agora.
Neste instante.
Escutaria a sua voz, falaria com você bastante.
Não estaria calmo e nem tranquilo.
Escutaria o que você tem pra dizer, mas sei que você não quer dizer nada, falaria alguma coisa qualquer, mas nem sei o que teria pra dizer, queria mais é só ouvir, ver o que passa pela sua cabecinha.
Não tentaria entender nada.
Não tentaria desculpar ou pedir desculpas.

Sei que você iria embora se eu aparecesse.
Sabendo que eu estaria você não estaria.
Mas eu iria para onde você está agora, só pra ver, pra experimentar te ver assim, ao longe, com quem quer que seja, depois de tanto tempo nem importa.

Mentira. Importa sim, e muito.
Mas só pelos ciúmes.
E pelas saudades.

Enfim, deposito aqui estas palavras hoje, como tenho depositado todos estes tempos, para que decantem.
Como decantam as partículas na água da piscina.
Como decanta o mundo na inércia das chamas do sol. Que ardem na terra.

Jazz etílico

Cambaleando pela vida, pelas noites de jazz etílico e pelas alvoradas brutais nesta cinza cidade.
Que forma intensa de passar os dias e as noites.

Essa tarde que agora nasce, nesta casa que abriga o trabalho, neste trabalho que abriga casa.

E se vão os dias nesse ritmo descompassado, quebrado e solto, neste jazz etílico que poderia dar samba.

Os dois

Hoje saí de casa de manhã e estavam os dois ali, dormindo, na cama da sala. Me deu vontade de chorar, ver que amanhã acaba a viagem deles, assim como acaba a minha viagem pelo Brasil, viagem que eu fiz sem sair de casa.
Amanhã a Ari e o Guille se vão, e eu sei que eles vão se separar por um longo tempo, ele vai pra Nova Yorke e ela vai pra Londres, vão ficar, pelo menos, alguns meses distantes, vão se ver somente em encontros. E ver eles dois lá em casa, abraçados, dormindo, no fim desta viagem, foi comovente.
Amanhã vão embora. E se acaba este encontro.
É triste, embora seja feliz por ter acontecido, pelo menos.
Pelo menos teve encontro. E terão outros.

quarta-feira, março 28, 2012

Flor morta

Regando esta flor morta em vaso seco. Rotina desnecessária e sem sentido.
Enquanto ao lado brota uma nova planta, que espera a água e o sol.

quarta-feira, março 07, 2012

Saudades

Todos os dias, o dia todo, da hora que eu acordo até a hora que eu me deito. Uma hora tem que acabar. Que acabe antes que acabe comigo.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Caminhando para trás

A impressão que tenho da nossa sociedade é que em todas as esferas estamos caminhando para trás. A educação está cada vez pior, a repressão também, as pessoas estão mais ignorantes, consomem menos cultura e mais drogas. Só estamos mais ricos, mas junto com a riqueza está a desigualdade social.