sábado, abril 15, 2006

Labirinto.

Longo e dissonante labirinto.
Distante de qualquer entrada,
Estou próximo ao nada.
Ela, paralisada.

Calabouço de idéias contorcidas.
Idéias corrompidas.
Fúria da vontade inconclusa, a vontade insaciada.
Ela, o labirinto em fúria.

Lento e asfixiante,
Desesperador labirinto.
Ela.
Instintos dissonantes,
Incompatibilidades desastrosas.

Longo e lento labirinto.
Palavras vazias preenchendo o vício.
Como odiar você?
Odiar a mim mesmo é mais fácil.
Deveria errar pelo labirinto,
Deveria errar pelo abstrato,
Até o infinito.

Longo e lento labirinto.
Até quando espero?
Até que se caia o fim do mundo.
Não sei onde está o fundo, mas não está longe.
Queria estar eu longe.
Queria ter controle sobre todas essas pequenas coisas,
Queria ter ao menos controle sobre mim mesmo.
Sintaxe distorcida,
E sua semântica absurda, que me fere,
Suas palavras são uma facada em meu peito.

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