sexta-feira, abril 30, 2010

Os Famosos e os Duendes da Morte


Queria escrever alguma coisa sobre esse filme, mas não agora, pois estou com muita pressa e preciso trabalhar.

Assisti ontem e me impressionou muito pela qualidade, sensibilidade e impacto que me causou. Saí do cinema mudado, com a cabeça inundada em pensamentos e sensações, e é raro quando acontece isso. Fazia muito tempo que um filme não me tocava tão profundamente.

Enfim, queria escrever logo pois sei que ele deve sair de cartaz logo, está passando somente às 18 horas no Unibanco Arteplex do Frei Caneca, e é um filme que precisa ser visto, e no cinema.

sexta-feira, abril 23, 2010

segunda-feira, abril 19, 2010

Nina - Heitor Dhalia






Ontem vi "Nina", e, diferente do que eu mesmo esperava, gostei do filme. Não gostei tanto quanto poderia ter gostado se estivesse um pouco melhor dirigido, com algumas cenas mais bem resolvidas, mas gostei. Por ser o primeiro longa de Heitor Dhalia eu achei que estava bom, em geral os primeiros longas que se vê por aí são bem piores. Mas a evolução dele como diretor é enorme, basta ver "O Cheiro do Ralo" para perceber.

O destaque do filme é a Miriam Muniz, que faz a personagem Dona Eulália, e as animações, que são excelentes. A trilha sonora está bem colocada na maioria dos momentos. Dá pra ver uma influência da linguagem do cinema publicitário na direção do filme, e dá pra ver que Heitor é um diretor com futuro, que faz um cinema diferente do que se faz por aqui.

O filme não chega a ser um grande filme, nem dá pra dizer que é um filme muito bom, mas tem seu valor positivo.

sábado, abril 17, 2010

Barravento


A história é muito interessante, se passa num vilarejo de pescadores na costa da Bahia, um lugar isolado, com apenas uma pequeno contato com a cidade e a civilização: o comércio de peixes.
São pescadores negros, uma parte deles ex-escravos, que são obrigados a venderem seus peixes mais baratos para o dono da rede. A história se passa pouco tempo depois da abolição, com esse peso da história escravagista de nosso país pairando sobre os personagens.

A dramaturgia do filme é excelente, com pontos muito interessantes em jogo, como o ciúmes de Iemanjá sobre rapazes jovens e bonitos que são pescadores. E toda a ilustração musical com temas afro-brasileiros (mais afro que brasileiros) tem um valor histórico e estético enorme.

E, ainda por cima, é o primeiro filme do Glauber, que já mostra talento na direção, apesar de, para os dias de hoje, ser algo bem difícil de se julgar, já que todo o mis-en-scéné tem outra estética, outro ponto de partida, e todo o trabalho cinematográfico é diferente.

sábado, abril 10, 2010

Fazendo hora extra para mim mesmo

Durante os dias da semana tenho trabalhado desde as 8 ou 9 até umas 19, e depois disso eu trabalho para mim mesmo até as 22:30.

Na páscoa eu trabalhei para mim mesmo nos 3 dias. E hoje estou fazendo o mesmo.

Enfim, quais são os meus planos? Dar a volta ao mundo.

Em três semanas eu enviei meu vídeo "Vou Mandar Pastar" (videoclipe da música do Vinícius Calderoni) para 21 festivais pelo mundo afora. Japão, Finlândia, EUA, França, Itália, Espanha, Portugal, Brasil... E o "Noise James!" (videoclipe da música do Macaco Bong) enviei a 11 festivais...

Enfim, agora vai.

Na semana que vem começam as primeiras respostas. Até agora eu só tive uma: não. Mas é um outro projeto, mas, enfim, vou receber vários "nãos", certamente, mas sei que receberei muitos "sims", então vou continuar mandando bala.

segunda-feira, abril 05, 2010

As Multinacionais e as picaretagens

Eu não entendo como empresas grandes, que prestam serviços à tanta gente, podem seguir por aí cometendo atos ilícitos, irregularidades e diversos tipos de picaretagens em suas prestações de serviços.

Veja o caso da NET, por exemplo, que pratica, além de outros atos, a venda casada de seus produtos descaradamente. Ao oferecer seus combos sem a possibilidade de aquisição do produto individualmente (sem a possibilidade de aquisição).
Por exemplo: eles me vendem um serviço com 1 Mega de internet, + telefone, + TV a cabo que não uso e não quero. Porém, se eu quiser me livrar de pagar a TV a cabo serei obrigado a aumentar a minha velocidade de internet, aumentando assim para o triplo o preço da minha internet. Vou completar 2 anos de contrato com esses canalhas, totalizando em aproximadamente R$ 1000,00 de serviço pago não utilizado.
Venda casada = ilegal.

E que opção eu tenho? Nenhuma. Me diz qual operadora não pratica esse tipo de irregularidade? Todos praticam. Eu sou obrigado a aceitar, embora já tenha feito inúteis reclamações ao Procon.

Outra irregularidade são os contratos que prevêem multas caso você rompa em até 18 meses. Veja bem 18 MESES! É como um aluguel de casa, não faz o menor sentido você pagar uma multa por "fidelização" por uma prestação de serviços. É ridículo. É ilegal.
E outra coisa, se a empresa não cumpre o contrato nada acontece. Mas se você não paga seu nome é protestado.

Todo mês a minha internet cai um, dois ou mais dias, e eles avisam que é uma manutenção no sistema ou "problemas" na rede, mas é curioso notar que, no final do mês, quando chega a conta, eles cobram este dia em que não prestaram o serviço. Mais uma irregularidade.

E se você atrasa o pagamento? O que acontece? Eles cortam o serviço!!! Eles simplesmente cortam o serviço, o que é ilegal. E ainda por cima, ao receber, não descontam pelos dias de serviço não prestado. Isso é uma pratica abusiva comum de diversos tipos de serviços, telefonia, internet, tv a cabo... etc. Outro absurdo.

E onde está o MP estadual nessas horas? Os caras não fazem nada? Pra quê pagamos impostos para eles, se não trabalham?

Alguém aí que está lendo é do Ministério Público e poderia me responder, por favor?

sábado, abril 03, 2010

"Shutter Island"


Acabei de ver "Ilha do Medo", do Scorcese. Razoável. Não mais que isso. O filme é interessante, um roteiro bom, bem delineado, uma direção razoável, atores bons.
O destaque do filme é a atuação do Leonardo Di Caprio, o cara é muito bom, desde "Gilbert Grape, Aprendiz de Sonhador" já dava pra saber. Ele consegue atingir profundamente o personagem, se transforma completamente (apesar de não funcionar em qualquer filme, com qualquer diretor).

Os maiores defeitos do filme são o excesso e a superficialidade. Falta sutileza.

Logo no início do filme dá pra sentir, nos primeiros planos já temos uma atuação carregada do protagonista (Di Caprio - apesar de bom ator a direção não contribuiu). Em seguida começam os primeiros problemas técnicos de continuidade de cena, temos vários cortes "sujos", com mudanças no tom dos atores, mudanças nas posições, erros básicos de continuidade.
Me parece muito arrogante criticar a direção do Scorcese, mas eu senti tudo isso.

Na entrada da ilha temos excessos gigantescos da direção, temos um quase encavalamento temporal nas cenas da entrada do carro que os conduz dentro da ilha (o encavalamento se dá quando uma cena/plano tem mais de um início, que se repentem após o corte - é um erro de montagem, mas que só passa a existir por conivência da direção). Esses planos começam com uma filmagem em terra, mostrando o carro passar, em seguida dentro do carro, depois uma fimagem feita por um helicóptero, depois uma grua, depois uma câmera paralela ao carro, grua novamente, câmera alta, em seguida uma subjetiva do carro... enfim, a sensação que deu foi a de que o orçamento precisava ser justificado de alguma forma - parece que o diretor e o montador estavam extremamente inseguros e indecisos a ponto de não conseguir descartar nada do que tinha sido filmado para a "entrada triunfal" do filme - bem coisa de cinema Estadunidense.

Outro problema que me incomodou bastante foi o desenho de som, nesse caso uma questão puramente técnica, como em "Benjamin Button" eles pecaram em alguns detalhes, pequenos detalhes que ficaram sobrando e estragaram tudo. Entre eles um arquivo de um canto de pássaro repetido, que foi usado numa cena num lago, um som de arquivo que já foi muito aplicado por aí afora (eu mesmo já ouvi ele num arquivo de protools), enfim, o tipo de detalhe que passa batido, mas estragou tudo, pois os caras tinham condições de criar algo, ou usar de forma mais sutil um arquivo cliché desses. Os diálogos estavam com alguns defeitos no som de fundo também, com cortes sujos, logo no início do filme dá pra ver que houve uma "limpeza" grosseira do áudio das cenas, tirando sons entre falas - uma prática de iniciantes.

A montagem do filme prejudicou muito os atores, houve um momento extremamente e especialmente grosseiro, onde cortaram e costuraram uma fala colocando o ator Mark Ruffalo de costas falando algumas palavras com um tom completamente desconexo com o resto.

No fim o que todos esses pequenos (ou grandes) problemas culminaram foi numa fraqueza estética e uma fraqueza de conjuntura, uma falta de unidade no filme. Faltou estilo, faltou uma personalidade. Ficou com cara de filme de açougue, que se faz industrialmente, um atrás do outro, como uma mercadoria.

Enfim, falta originalidade, falta humanidade. É um produto industrial, pode ser até considerado de boa qualidade, mas não deixa de ser um produto industrial, um insumo. Sem conceito, sem arte, cheio de fórmulas.